quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Por que João Goulart não resistiu ao golpe civil-militar de 1964



Neste video, o professor Carlos Fico explica o motivo pelo qual o então presidente João Goulart não resistiu ao golpe civil-militar de 1964. Baseado em documentos recentemente divulgados, o professor apresenta duas razões para para a não resistência ao golpe.
Em primeiro lugar está a total falta de apoio dos generais de maior confiança ligados ao presidente.
Outro motivo foi a informação recebida pelo presidente de que os Estados Unidos estariam apoiando o golpe e estavam prontos para desembarcar seus militares caso houvesse resistência. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O dia que durou 21 anos - A conspiração



Dirigido por  Camilo Galli Tavares, O dia que durou 21 anos é um documentário brasileiro sobre o golpe civil-militar de 1964. Neste pequeno trecho, o diretor aborda a relação dos Estados Unidos com a oposição do governo Goulart. O primeiro capítulo(A conspiração) mostra como o IPES e o IBAD estava articulado ao financiamento de campanhas e na propaganda contra o governo.    


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Corte Interamericana culpa Brasil por desaparecidos no Araguaia


SÃO PAULO (Reuters) - A Corte Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou nesta terça-feira o Brasil pelo desaparecimento de 62 pessoas entre 1972 e 1974 na região do Araguaia, norte do país, onde militantes de esquerda realizaram uma guerrilha contra o regime militar que governava o Brasil à época.
"Além disso, a Corte Interamericana concluiu que o Brasil é responsável pela violação do direito à integridade pessoal de determinados familiares das vítimas, entre outras razões, em razão do sofrimento ocasionado pela falta de investigações efetivas para o esclarecimento dos fatos", disse a corte em comunicado.
A corte concluiu ainda que dispositivos da Lei da Anistia, de agosto de 1979, são incompatíveis com a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos.
O tribunal considera que esses dispositivos "impedem a investigação e sanção de graves violações de direitos humanos", e considerou que eles "não podem continuar representando um obstáculo para a investigação dos fatos do caso, nem para a identificação e a punição dos responsáveis".
"A Corte Interamericana reconheceu e valorou positivamente as numerosas iniciativas e medidas de reparação adotadas pelo Brasil e dispôs, entre outras medidas, que o Estado investigue penalmente os fatos do presente caso por meio da justiça ordinária", afirma o comunicado.

(Por Eduardo Simões)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O seqüestro do embaixador americano


Entre as atitudes mais ousadas da luta armada contra a ditadura militar está o seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick. Por isso, a imprensa deu uma dimensão para o fato jamais visto durante a ditadura militar.
O sequestro ocorreu no bairro de Botafogo na cidade do Rio de Janeiro no início de setembro de 1969, onde o MR-8 (movimento revolucionário 8 de outubro) uniu-se a ALN (aliança libertadora nacional).
O caráter idealista do sequestro foi reforçado pela iniciativa dos guerrilheiros em trocar o embaixador americano por presos políticos que estavam sofrendo com a tortura nos porões da ditadura.
O fato ganhou uma versão para o cinema através da adaptação do livro o que é isso companheiro ? do jornalista Fernando Gabeira. O filme acabou se tornando uma espécie de memória oficial da luta armada contra a ditadura militar e , por isso, sofreu muitas críticas por parte dos ex-integrantes dos grupos guerrilheiros, pois afirmam que alguns personagens adquiriram uma amplitude maior do que aconteceu de fato.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

General afirma que pagou delatores entregarem seus companheiros

Em entrevista concedida a Geneton Moraes Neto o general e chefe do I exército durante a década de 1970, Leônidas Pires Gonçalves, comandou o DOI CODI, um dos órgão mais temidos durante a ditadura militar, por dois anos durante e afirma que não houve tortura durante o tempo que ficou no cargo.
Segundo o general, a descoberta dos aparelho era conseguida a partir de pagamento aos delatores. 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A luta armada na América Latina

A luta armada foi um movimento de luta contra a opressão provocada pelos desdobramentos do golpe militar ocorrido em 1964, porém, este movimento não aconteceu exclusivamente no Brasil. Em toda a América Latina surgiram grupos guerrilheiros que lutaram contra a repressão.
Influenciados pela vitória da revolução cubana, os guerrilheiros eram ideologicamente partidários do socialismo. Este período não pode ser entendido se desconectado do contexto histórico. O mundo vivia o ambiente da guerra fria, onde Estados Unidos e União Soviética disputavam o poder hegemônico do planeta.  
O video abaixo apresenta um trabalho de alunos do ensino médio, que da uma noção interessante acerca da dimensão tomada pelos movimentos guerrilheiros contra as ditaduras militares na América Latina.

  

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A eleição de Dilma Roussef segue o fluxo da história


A ascensão de Dilma Roussef a presidência da República não pode ser desconectada de todo um contexto específico da história da América Latina. Durante a segunda metade do século XX, alguns países latino americanos sofreram com uma intervenção militar apoiada primeiramente pelas elites, com apoio total dos Estados Unidos. Vivia-se a guerra fria e o medo que o comunismo chegasse ao coração dos povos do continente americano fez com que governos ditatoriais calassem a voz dos que eram contra a repressão.
Surgiram grupos guerrilheiros que lutavam contra a ditadura militar e Dilma foi membro ativo deles como POLOP (Política operária), COLINA (Comando de Libertação Nacional) e VAR Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária). A luta armada foi derrotada e a nossa presidente eleita sofreu os horrores da tortura durante três anos.
A partir da década de 80, as ditaduras vão perdendo fôlego e no Brasil a memória da luta armada foi reconstruída a partir de uma perspectiva democrática contra a repressão da ditadura. Isso fez com que os ex-guerrilheiros ganhassem o status de defensores da democracia, sendo fundamentais na construção do Brasil contemporâneo.
A vitória de uma ex-guerrilheira consolida a diretriz democrática que o Brasil seguirá e abrirá espaço para as discussões acerca da abertura dos arquivos da ditadura militar e, conseguentemente, a punição dos possíveis culpados pelas atrocidades cometidas.